Pela 1ª vez em 10 anos, Brasil quita dívidas com a ONU no 1º semestre

Contribuição regular do Brasil à ONU, de R$ 325 milhões, foi quitado com outros R$ 522 milhões com outros organismos

Foto: Getty Images

Foto: Getty Images

No primeiro semestre de 2024, o Brasil quitou R$ 847 milhões referentes a compromissos com organismos internacionais. Desse total, R$ 325 milhões são referentes à contribuição regular à Organização das Nações Unidas (ONU).

O país integra o quadro de honra de nações que efetuaram o pagamento ainda no primeiro semestre do ano. Trata-se da primeira vez na última década em que esse pagamento é quitado pelo governo brasileiro na primeira metade do ano.

Foram também saldadas as contribuições aos seguintes órgãos, entre outros com atuação em áreas prioritárias da política externa brasileira.

  • Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP);
  • Organização Mundial da Saúde (OMS);
  • Organização Internacional do Trabalho (OIT);
  • Organização Mundial do Comércio (OMC);
  • Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco);
  • Organização Mundial de Propriedade Intelectual (OMPI);
  • Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA);
  • Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso)

Brasil está em dia na esfera regional

Na esfera regional, o Brasil está em dia junto à Organização dos Estados Americanos (OEA), à Associação Latino-Americana de Integração (Aladi), à Organização Latino-Americana de Energia (Olade), ao Centro Latino-Americano de Administração para o Desenvolvimento (Clad), à Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), entre outros organismos.

Além disso, foram pagas as contribuições referentes à Secretaria do Mercosul, ao Instituto Social do Mercosul e à Secretaria do Tribunal Permanente de Revisão do bloco.

O país também saldou compromissos importantes na área de meio ambiente e mudança do clima, tais como a Convenção sobre Poluentes Orgânicos Persistentes (Convenção de Estocolmo), a Convenção de Combate à Desertificação (UNCCD) e a Convenção sobre Mercúrio (Convenção de Minamata).

Os números foram divulgados na quarta-feira (3/7) pelos ministérios do Planejamento e Orçamento e das Relações Exteriores.

"Ao honrar suas contribuições junto a organismos internacionais, o Brasil fortalece sua atuação no cenário global, reafirma o compromisso com o multilateralismo e reforça a integração regional", dizem as pastas em nota conjunta.

Em 2023, o Brasil pagou R$ 4,6 bilhões em compromissos financeiros, incluindo passivos de anos anteriores, distribuídos entre contribuições regulares a organismos internacionais, integralizações de cotas de bancos multilaterais e recomposições de fundos internacionais.