Faccionados do Comando Vermelho gravaram vídeo após degolar vítima

A cabeça era de Ludinei Kennedy, 18 anos, desaparecido desde sábado (2/3). A polícia achou bilhete dentro da mochila junto à cabeça do jovem

Foto: Reprodução

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O assassinato brutal de dois jovens, em que um deles foi degolado e teve a cabeça encontrada dentro de uma mochila, teria a participação de dois adolescentes de 14 e 16 anos, que foram apreendidos nesta terça-feira (5/3). As execuções estariam na conta da facção carioca Comando Vermelho. Os criminosos gravaram um vídeo logo após as mortes.

A cabeça era de Ludinei Kennedy Paixão Andrade, 18 anos, desaparecido desde o último sábado (2/3). Os investigadores localizaram um bilhete dentro da mochila junto à cabeça do jovem. O manuscrito fazia menção à facção carioca. O membro foi encontrado próximo a um lava-jato no Bairro Pôr do sol, em Mirassol D"Oeste, a 329 km da capital, Cuiabá, na segunda-feira (4/3).

A outra vítima é Jakson Francisco de Souza, 19. Os corpos dos dois foram localizados em um matagal. Em um trecho do vídeo, um dos criminosos afirma que as vítimas estavam amarradas, mas tentaram abrir a porta do carro e escapar. Por isso, foram executadas ainda dentro do carro.

Emboscada

De acordo com investigações preliminares da PCMT, as vítimas teriam sido chamadas para ir até a casa de uma mulher. Contudo, o convite seria uma isca para a emboscada armada por integrantes da facção.

Quando Ludinei Kennedy e Jakson Francisco chegaram ao endereço, o local foi invadido por suspeitos encapuzados. Os dois jovens foram obrigados a entrar em um veículo e, depois, não foram mais vistos.

Na casa para onde as vítimas haviam sido convidadas, as equipes policiais encontraram a bicicleta e a moto de cada um dos jovens.

Confissão

Segundo a Polícia Civil, os menores, que fizeram sinais com a sigla do CV e escreveram um bilhete afirmando que a execução seria a mando da facção, confessaram o crime e disseram que já tiveram envolvimento em outros homicídios. O assassinato teria contado, ainda, com a participação de mais uma pessoa.

Os suspeitos viajaram de carro de aplicativo até a região de fronteira com Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá, e ficaram em uma casa alugada. A dona do imóvel e outra mulher que estava no local foram detidas. Ainda de acordo com a polícia, há suspeitas de um terceiro envolvido no caso.