Quiterianópolis: Policiais acusados por chacina que deixou cinco mortos não vão ser julgados devido à falta de provas

O crime aconteceu em 2020 no município de Quiterianópolis, e os agentes se tornaram réus em 2021

Foto: Reprodução

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Quatro policiais militares foram absolvidos da acusação de envolvimento na chacina de Quiterianópolis, que deixou cinco mortos e um ferido no interior Ceará em 2020. A decisão foi anunciada pelo Poder Judiciário do estado nesta terça-feira (6).

O crime ocorreu no dia 18 de outubro de 2020, em uma residência no Centro do município. As vítimas foram identificadas como José Reinaque Rodrigues de Andrade, 31; Irineu Simão do Nascimento, 25; Antônio Leonardo Oliveira, 19; Etivaldo Silva Gomes, 23; e Gionnar Coelho Loiola, 31. Um jovem sobreviveu ao atentado.

Já os militares acusados foram identificados como Francisco Fabrício Paiva Lima, Charles Jones Lemos Junior, Dian Carlos Pontes Carvalho e Cícero Araújo Veras. Todos foram absolvidos após decisão da Vara Única Criminal de Tauá.

"Foi uma vitória da própria Justiça cearense, a qual reconheceu que esse processo foi baseado em provas totalmente nulas, que já eram apontadas assim pela defesa", comemorou o advogado de defesa, Daniel Maia.

O documento da decisão judicial disse que "não fora produzida nenhuma prova que confira viabilidade, plausibilidade e idoneidade à acusação, de modo que não restou demonstrada a probabilidade da autoria imputada aos acusados".

Chacina de Quiterianópolis

Duas das vítimas fatais tinham antecedentes criminais. Conforme a SSPDS, Irineu Simão tinha passagens pela polícia por roubo e associação criminosa e José Reinaque Rodrigues de Andrade tinha antecedentes por roubo e usava tornozeleira eletrônica.

Segundo informações de testemunhas, as vítimas estavam consumindo bebidas alcoólicas quando quatro homens armados entraram no local, pediram para as vítimas ficarem deitadas e efetuaram vários disparos.