PF apreende talheres de ouro e relógios de luxo com facção
Policiais federais encontraram os objetos de luxo durante o cumprimento de mandados de busca em mansão ligada a facção criminosa do Ceará
Durante a Operação Espelho Branco II, deflagrada nesta sexta-feira (12/8), a Polícia Federal surpreendeu-se com alguns objetos apreendidos com uma facção criminosa atuante no Ceará. Além de diversos relógios de luxo, os agentes federais encontraram talheres de ouro em um dos imóveis ligados à organização.
A mansão tem, ainda, piscinas com banheira de hidromassagem. Segundo a investigação, o esquema criminoso de lavagem de dinheiro é decorrente do tráfico de drogas e outros delitos envolvendo a facção com movimentação milionária naquele estado.
Pelo menos 60 policiais federais cumpriram nove mandados de busca e apreensão e seis de prisão temporária. No âmbito da investigação, foi determinado judicialmente o bloqueio de mais de R$ 2 milhões nas contas dos suspeitos, sequestro de imóveis de luxo em valores que ultrapassam R$ 5 milhões e veículos.
Os mandados são cumpridos em Fortaleza, Eusébio, Aquiraz, Itarema, Santa Quitéria, cidades que também ficam no Ceará, na capital paulista e em Maceió (AL). O desdobramento das investigações pode ajudar a identificar a participação de laranjas no esquema criminoso, assim como apreender valores e patrimônio ilícito decorrentes dos crimes.
A primeira fase da operação foi deflagrada em 11 de novembro do ano passado. Na ocasião, o líder da facção criminosa acabou preso. Os policiais cumpriram também mandados de busca em três mansões em condomínios de luxo em Eusébio e Fortaleza. Uma delas foi adquirida pelo suspeito por R$ 3,6 milhões em 2021.
As investigações desenvolvidas no âmbito dessa segunda etapa da operação apontaram indícios de atuação da organização criminosa no Ceará para dissimulação da propriedade de bens e para movimentação de recursos ilícitos, bem como integração no mercado formal de recursos oriundos do tráfico de drogas e outros crimes antecedentes.
Os investigados poderão responder pelos crimes de lavagem de dinheiro, organização criminosa e tráfico de drogas, com penas de até 40 anos de prisão. O nome da operação remete às identificações falsas utilizadas pelos investigados. As apurações continuam, com análise do fluxo financeiro dos suspeitos e do material apreendido.