Dólar oscila no início da sessão, com mercado atento a Haddad

Às 10h14, o dólar avançava 0,26% e era negociado a R$ 5,37; nos primeiros minutos da sessão, moeda chegou aos R$ 5,40, mas depois caiu

Foto: Reprodução Internet

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O dólar iniciou a sessão desta terça-feira (3/1) com forte volatilidade, oscilando entre altas e quedas, no dia seguinte ao tombo da Bolsa de Valores causado pelas primeiras declarações e medidas do governo de Luiz Inácio Lula da Silva na economia.

Às 10h14, o dólar avançava 0,26% e era negociado a R$ 5,37.

Nos primeiros minutos da sessão, a moeda americana chegou a bater em R$ 5,40, a cotação máxima do dia até aqui, mas logo depois passou a recuar, chegando à mínima de R$ 5,34. Por volta das 10 horas, o dólar retomou a trajetória de alta.

Na véspera, o dólar fechou em alta de 1,51%, cotado a R$ 5,360 na venda.

A moeda encerrou 2022 registrando uma queda acumulada de 5,32%, negociada a R$ 5,28 na quinta-feira (29/12), última sessão do ano passado.

O Ibovespa, principal índice da B3, abriu em queda de 0,09%, aos 106.276,12 pontos.

O que preocupa o mercado

Os investidores seguem monitorando as decisões do novo governo na área econômica e estão atentos a eventuais declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

O mercado reprovou a iniciativa do governo de retirar a Petrobras do programa de desestatização iniciado por Jair Bolsonaro. Além disso, a decisão de Lula de prorrogar a desoneração dos combustíveis também desagradou aos investidores.

Também há forte preocupação em relação à possível mudança na política de preços da Petrobras, hoje vinculada à flutuação dos valores no mercado internacional. Indicado por Lula para assumir a estatal, o senador Jean Paul Prates confirmou que a política de preços será modificada.

Em seu discurso de posse, Lula voltou a criticar o teto de gastos, que classificou como "estupidez", e falou no Estado como indutor do crescimento econômico. O presidente também defendeu uma nova legislação trabalhista e afirmou que, assim como ocorreu em seus governos anteriores, vai incentivar o consumo para alavancar a economia.

Haddad tentou minimizar a fala de Lula e prometeu entregar ao Congresso Nacional, ainda no primeiro semestre deste ano, uma proposta de um novo arcabouço fiscal "que organize as contas públicas no longo prazo".

"Que seja confiável e, principalmente, respeitado e cumprido. Se você se propõe a uma meta inalcançável, você não tem meta nenhuma. Se você não tem uma meta ambiciosa, você não motiva o país. É nesse equilíbrio que nós vamos exercer o nosso mandato", afirmou o ministro.